terça-feira, 15 de setembro de 2009

Vale o que tem dentro.

Para ilustrar um de seus sermões, o missionário Hudson Taylor, pioneiro na China, encheu um copo com água e o colocou sobre uma mesa que lhe servia de púlpito.
Enquanto falava, bateu com o punho na mesa, com força suficiente para que a água se derramasse na mesa.Em seguida, ele explicou:

“Vocês passarão por muitos problemas. Quando acontecer, porém, lembrem-se: somente o que há dentro de vocês será lançado para fora

”.Em um mundo acossado por injustiças, vale a pena pensar no modo como respondemos às diversas situações que nos confrontam diariamente.
Quando somos incompreendidos ou maltratados, como reagimos? Respondemos com palavras amáveis, paciência e bondade, ou somos inclinados a retaliar?Os próprios discípulos de Jesus foram testados diante do Mestre quanto a isso.
E dois deles não passaram no teste.Jesus estava a caminho de Jerusalém e tinha de passar por uma aldeia de samaritanos, porém, não quiseram recebê-lo. Isso era uma afronta sem tamanho. Como não receber o Filho de Deus, que só tinha feito o bem a todos?O que eles mereciam? Os discípulos Tiago e João achavam que eles deveriam ser severamente punidos, e disseram:

“Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?

”“Jesus, porém, voltando-se os repreendeu e disse:
Vós não sabeis de que espírito sois. Pois o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las.E seguiram para outra aldeia” (Lc 9.54-56).
Se Deus tivesse de atender a todo tipo de oração, algumas delas iradas e recheadas de clamor por “justiça” (que pode ser um mero desejo egoísta de ver o outro sucumbir numa “merecida” punição) como seria? E se Deus nos tratasse do mesmo jeito quando erramos?Para Jesus, o que valia não era o que os samaritanos mereciam, mas sim o que Ele era:Salvador, não destruidor.

Estava evidente que o caminho mais fácil nem sempre é o menos custoso. E Jesus ensina que não são as atitudes erradas das pessoas que devem determinar como devemos proceder, mas sim o que fomos chamados para ser e realizar.
Temos de nos manter fiéis ao que somos e, a partir disso, glorificar o nome do Senhor na terra com o que fazemos.
“Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mt 5.16).
Assim, que valores trazemos no coração? Em uma parábola, Jesus explicitou:

“O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração” (Lc 6.45).
Jesus também ensinou que “pelo fruto se conhece a árvore”, de modo que “não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons” (Mt 7.18).
A sabedoria popular expressa essa mesma verdade de outro modo:

“Ninguém pode dar o que não tem, nem mais do que tem”.
Tiago, irmão do Senhor, ensina que devemos ter cuidado com o que falamos, principalmente em momentos de indignação.
Se num momento “bendizemos ao Senhor e Pai” e noutro “amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus”, isso é uma total inconveniência, pois indicamos que “de uma só boca procede bênção e maldição”.
“Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso? Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos?Tampouco fonte de água salgada pode dar água doce. Quem entre vós é sábio e inteligente? Mostre em mansidão de sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras” (Tg 3.5-13).

Quem passou pela experiência do novo nascimento deve abandonar as práticas antigas, pois agora é uma nova criatura; foi criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade, para viver de modo digno de Deus, a fim de que o Senhor seja glorificado em todo o seu proceder. (Ef 4.22-24).

Quando vierem as provações, é possível deixar que o Espírito Santo controle a raiva e a frustração, e faça brotar de nós paciência e bondade. Como um copo cheio de água, aquilo que temos em nosso interior será colocado para fora.E então saberemos que vale o que tem dentro.

2 comentários:

  1. Caro irmão Lucimauro,
    Graça e Paz!

    Que bom gozar da leitura de suas postatagens!

    Parabéns pelo seu edificante e elucidativo artigo.
    Que o Eterno continue edificando a sua vida.
    Tenho sentido sua ausência lá no Point Rhema!

    Um grande abraço!
    Seu conservo e admirador,
    Pr. Carlos Roberto

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  2. Caro Pr Carlos Roberto.
    Graça e paz da parte de Deus.
    Fico muito feliz pelo seu apoio e carinho em sentir minha ausência lá no seu Rico Espaço,Infelizmente devido ao meu trabalho nestes ultimos meses,quase não tenho tido tempo para navegar na net por isso não tenho passado por lá,mas Graças a Deus as coisas estão voltando ao normal.

    Conte com nossas orações.
    Obrigado pela participação.

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