domingo, 18 de outubro de 2009

Herança dos Pais aos Filhos.

Certa vez, um menino de quatro anos chegou-se para o pai e fez a seguinte afirmação:

"Papai, quando eu crescer, quero ser como o senhor".
Qual pai nunca passou por uma situação semelhante? Alguns não ligam. Outros se importam. E devem.
Foi o caso daquele pai. Naquele momento, ele estremeceu e se pôs a meditar sobre o tipo de pai que estava sendo e o exemplo que estava passando aos próprios filhos.

Ele então comentou:
"Desde que ouvi esta frase fiquei mais atento, para não dar exemplos de mera aparência, mas sinceros e consistentes, para que possam ser seguidos pelos meus filhos".
Uma boa referência para ajudar nessa avaliação é lembrar-se de seu próprio pai, do exemplo que foi na vida, da influência que deixou.
Bem ou mal, cada um de nós traz as marcas do pai e, não poucas vezes, as reflete no decorrer da vida. Isso é tão importante que a própria relação entre uma pessoa e Deus, o Pai celestial, pode ser afetada, positiva ou negativamente, a partir da realidade benéfica ou maléfica que é recebida como herança dos pais terrenos.

No Dia dos Pais, portanto, é bom que cada pai indague-se a si próprio:
Que modelo eu sou para os meus filhos?A resposta pode ajudar a determinar o legado que deixaremos aos nossos filhos, além de antecipar os tipos de filhos que legaremos ao mundo. O bom exemplo - falar a verdade, viver com fidelidade, andar em integridade - é um dos maiores legados que um pai pode deixar aos filhos.

Infelizmente, não poucos pais têm transferido exclusivamente a outros (ao estado ou à escola, por exemplo) a formação moral e ética de seus filhos. Mas isto é um engano de custo altíssimo e de resultado duvidoso.A Bíblia oferece a seguinte orientação:

"Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele" (Pv 22.6).

Não basta apontar o caminho, é preciso andar com o filho "no caminho", ou seja, dando o exemplo e vivendo e ensinando os valores morais e espirituais.Lembro-me da história de um menino de doze anos que foi uma testemunha chave num processo judicial.
Um dos advogados, depois de interrogá-lo longamente, perguntou:

"Seu pai lhe disse o que responder, não foi?".
O garoto respondeu:
"Sim!""Então nos diga, por favor, quais foram essas instruções?" - insistiu o advogado. O menino replicou:
"Bem, papai me disse que os advogados iriam tentar me embaraçar; mas se eu fosse cuidadoso e falasse apenas a verdade, não iria cair em contradição".
Além do moral dessa história - uma pessoa que fala a verdade não tem nada a esconder, mas a mentirosa paga um preço alto por sua desonestidade - há o indefectível exemplo de um pai que optou por ensinar o seu filho a andar no caminho da verdade.

Não só porque uma mentira exige outra para encobri-la, e no final o mentiroso é apanhado em sua própria teia de engano, mas porque é a coisa certa a ser feita.Meus pais me ensinaram a falar sempre a verdade, e nunca mentir, a despeito de quão doloroso ou difícil pudesse ser.
Esse é o mesmo modelo que ensinei a meus filhos.
Infelizmente, alguns pais teimam em oferecer exemplos danosos aos filhos, cuja herança fatalmente cobrará um alto preço.Pense no atual cenário político nacional, com o Governo repetidamente envolto em graves denúncias de corrupção, com o Congresso desmoralizado por causa dos maus políticos.

Não é preocupante o dano que isso causa aos jovens filhos dessa Pátria? O que dizer dos descendentes das pessoas envolvidas nos escândalos? Quando a conta dessa herança será apresentada à sociedade por aqueles que só aprenderam o desvalor de levar vantagem em tudo e a qualquer preço?O pai tem que pensar no preço de um bom ou de um mau exemplo, pois são seus filhos que conviverão com as conseqüências; são eles os principais candidatos à reprodução dos comportamentos de seus pais.Cada pai deveria pedir a ajuda de Deus, o Pai, para ser o melhor exemplo para seus filhos. Assim, a oração de cada pai deveria ter este cerne:
"Ajuda-me, meu Pai, a ser aquele homem que eu desejo que o meu filho um dia se transforme".

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Faz parte do Presente.

Uma garotinha resolveu dar de presente à sua professora uma linda e rara concha marinha. "Onde você a conseguiu?
" - perguntou a professora.
A garotinha respondeu que aquele tipo de concha só era encontrado em uma praia muito distante dali.
A professora ficou profundamente comovida, porque sabia que a menina havia caminhado vários quilômetros para achar a concha.

"Você não deveria ir tão longe só para me trazer um presente".
Ao que a garotinha riu e respondeu:
"A caminhada faz parte do presente".
As crianças às vezes conseguem captar valores em coisas que normalmente os adultos não veem nada interessante.
Essa esperta garotinha provavelmente não sabia que estava exprimindo uma verdade a respeito de Jesus Cristo, que veio à terra como um presente do amor eterno de Deus pela humanidade -

"Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16).

A dádiva de Jesus também começou com uma longa jornada. Ele deixou a glória dos céus e veio para a terra, que estava imersa no pecado e na injustiça, tomou a nossa natureza humana ("E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade") e percorreu o longo caminho da cruz. Lá, tomou como Seus os nossos pecados, pagando por eles com Seu próprio sangue.
Cristo, "sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos" (2 Co 8.9).

Ele dá o maravilhoso presente da vida eterna a todo aquele que Nele crê. Nós nada merecíamos, "porque o salário do pecado é a morte", porém Deus colocou um "mas", quando acrescenta: "mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rm 6.23).

Com a vinda de Jesus, "a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens" (Tt 2.11).
Jesus foi longe demais para nos dar esse valioso presente! Ele foi às últimas consequências. Veja só o que Ele fez:
"Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.

Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos" (Is 53.4-6).
Jesus é o grande presente de Deus, em cujo nome achamos a salvação:

"E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (At 4.12).
E quando diz "em nenhum outro", é exatamente isso que quer dizer:
nem Moisés, nem Maomé, nem Buda, nem Chrisna, nem anjos, nem santos, nem Maria, nem José, nem Pedro, nem outro nome dado entre os homens. Só Jesus salva!

E por que só Ele salva? Porque "É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós" (Rm 8.34).

Fale diretamente com Jesus agora sobre a sua situação, pois só Jesus é o nosso Intercessor: "Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem" (1 Tm 2.5).

E, finalmente, quando dizemos a Ele em gratidão:
"Foi demais, Jesus, o Senhor não deveria ter feito tanto; não deveria ir tão longe".
Podemos imaginá-lo fitando-nos com olhos cheios de ternura e dizendo mansamente:
"A caminhada faz parte do presente".



Samuel Câmara - Pastor da Assembléia de Deus Belém / PA - Igreja MãeConfira os artigos do Pastor Samuel Câmara, todas as semanas no jornal "O Liberal" - http://www.oliberal.com.br/

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Ligados em Deus.

Em maio de 1998, uma falha num processador a bordo do satélite de comunicação Galaxy IV fez com que ele saísse de posição e se afastasse da Terra.
Num instante, centenas de empresas, estações de Rádio e de TV foram afetadas;
40 milhões de aparelhos pagers também se tornaram obsoletos, simples pedaços de plástico sem nenhuma utilidade -

tudo porque um satélite pegou um caminho errado, se afastou de sua função.
Isso nos faz pensar:
Quantas pessoas seriam afetadas se alguém (eu ou você) se afastasse de Deus? E ainda, o quanto nós mesmos seríamos afetados por nos afastarmos de Deus?
Jamais devemos nos esquecer que Deus nos fez de um modo especialmente único, como se tivesse jogado a forma fora.

Ninguém jamais será igual ao outro. E o que cada um de nós é na vida só tem um real sentido se estiver em conexão com Deus.
Assim, cada um de nós precisa se perguntar:
Que valores há "por dentro" de minha vida? Sou o que realmente sou, ou apenas tento ser o que não sou? Estou valorizando coisas mais do que a mim mesmo, ou mais do que as pessoas ao meu redor?

O que revelam as minhas prioridades na vida?Jesus falou a respeito de um agricultor que pensava ter uma boa vida, mas que, no fim das contas, estava redondamente enganado sobre as reais prioridades da vida.
O seu campo produzira com abundância, o que era uma bênção. Ele pensou em derrubar os celeiros antigos e construir outros novos e maiores ainda, para recolher todo o produto de sua grande colheita.

Tudo parecia perfeito. Então, ele disse a si mesmo:
"Tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te".

Mas Deus lhe disse: "Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?".
Jesus acrescentou:

"Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus" (Lc 12.16).
A mensagem de Jesus era clara:
quem se afasta de Deus e coloca suas prioridades em coisas está tramando contra a própria vida, contra o próprio futuro. Ele não estava falando contra alguém possuir bens, mas contra a coisificação da vida, quando a supervalorização do que se tem substitui o real valor do que se é. Afinal, o que é guardado em celeiros, ou bancos, nada pode fazer por nossas almas.

Em uma sociedade acostumada com a inversão de valores a respeito do real significado do "ter" e do "ser", e do peso que estes conceitos têm na vida, não são poucos os que medem o seu valor (e o dos outros) pelo meramente aparente, pela exterioridade latente.

A citação de Jesus da realidade inefável da morte tem o condão de confirmar o fato de que, para alguns, é necessário a cena desagradável e chocante de um velório para demonstrar que "as coisas que se vêem são temporais, mas as coisas que se não vêem são eternas" (2 Co 4.18).

É inegável que cada vez mais as pessoas carecem de sentido na vida, têm fome de significado na sua existência vazia.
Alguns vivem sempre em busca de honrarias, tentando a todo custo ser celebridades.
Quem desconhece que o valor pessoal que realmente conta é "o que há por dentro", também não percebe que a celebridade que vale a pena é a "lá de cima", ou seja, conhecer a Deus e ser conhecido por Ele e permanecer ligado com Ele na vida e na morte.

Afinal, quem realmente vive segundo os valores espirituais e coloca toda a sua esperança em Deus é que será reconhecido e convidado a viver a inefável e eterna glória celestial.
Estar ligado em Deus é o maior bem e traz os maiores benefícios.

Por exemplo:

Nova vida:
"Se alguém está (ligado) em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (2 Co 5.17).

Libertação:
"Se vós permanecerdes (ligados) na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (Jo 8.31-32).

Resposta de oração:
"Se permanecerdes (ligados) em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito" (Jo 15.7).

Realização pessoal:
"Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes (ligados) em mim" (Jo 15.4).
O melhor da vida está em Deus.
Fique ligado!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Vitória Pelo Sangue de Jesus.

Conta-se que Martinho Lutero teve um sonho agonizante em que o Diabo lhe apareceu e apresentou uma lista contendo muitos dos pecados que ele cometerana vida.
Lutero leu toda a relação e, vendo que não estava completa, disse:

"Todos esses pecados eu cometi, mas faltam outros".
O Diabo retornou depois com uma enorme lista com a relação completa dos pecados de Lutero, e lhe apresentou:

"Agora a lista está completa. Todos os seus pecados estão aqui".

Ao que o reformador exclamou:
"Agora que estão listados todos os meus pecados, escreve bem embaixo da lista:

"O sangue de Jesus Cristo me purificade todo pecado!"

Esse deve ser a atitude de cada cristão nascido de novo quanto ao seu passado.
Como todos os pecados foram completamente perdoados, a posição espiritual do crente passa de injusto para justificado, impuro para purificado, de escravo para liberto:
"Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nossoSenhor Jesus Cristo".

"Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus".
"Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor". (Rm 5.1; 8.1; Cl 1.13)Para alguém que passou pela experiência do novo nascimento, não há nenhuma razão para ficar remoendo pecados do passado.

Se restituições tiverem de ser feitas ou penalidades sociais cumpridas, que sejam. Mas nenhuma autoridade restará ao "inimigo de nossas almas" para nos acusar.
Estamos escondidos em Cristo, o próprio Deus nos vê através de Cristo; Ele enxerga a Justiça de Cristo, não as nossas injustiças.

Não há mais dívida para com Deus, pois Jesus, "tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz" (Cl 2.14).
Se o Maligno de algum modo quiser trazer à baila os pecados anteriores à sua nova vida em Cristo, enfrente-o pela fé clamando o sangue de Jesus! Pronto!Esse desafio está superado.

O desafio seguinte é o de manter-se puro diante de um mundo entregue ao pecado e que jaz no maligno. Vivemos nesse mundo perverso, cercados de influências malignas, mas com a missão de permanecer intocados pelo mundo.
Mas como isso é possível?O que fazer, então, quando cometer um pecado? A resposta pode parecer complicada para alguns, mas é verdadeiramente simples:

procure andar na luz da revelação da Palavra de Deus, pois assim você poderá manter a comunhão com os irmãos e ser ajudado por eles, e confesse os seus pecados.

"Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns comos outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar ospecados e nos purificar de toda injustiça" (1 Jo 1.9).

É o sangue de Cristo que purifica a nossa consciência de obras mortas para servirmos ao Deus vivo! (Hb 9.14).
Há um adágio que diz:

"Você talvez não possa impedir que um pássaro pouse na sua cabeça, mas pode evitar que ele faça um ninho".

É assim também na vida espiritual. João escreveu:

"Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós".
Desse modo, talvez não seja possível evitarmos cometer erros ou pecados, mas não devemos deixar que se tornem um estilo de vida.
Recorra sempre ao sangue de Jesus! Quando Satanás vier lhe acusar,enfrente-o com as poderosas armas espirituais de que dispõe:

o sangue de Jesus e a palavra do seu testemunho. Pois este foi o exemplo que seguiram muitos fiéis:

"Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus. Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que derame, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida" (Ap 12.10-11).

Jesus não tem promessas para perdedores, só para vencedores. Você foi chamado para ser vencedor.
Viva com a certeza de que a vitória é nossa pelosangue de Jesus!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Vale o que tem dentro.

Para ilustrar um de seus sermões, o missionário Hudson Taylor, pioneiro na China, encheu um copo com água e o colocou sobre uma mesa que lhe servia de púlpito.
Enquanto falava, bateu com o punho na mesa, com força suficiente para que a água se derramasse na mesa.Em seguida, ele explicou:

“Vocês passarão por muitos problemas. Quando acontecer, porém, lembrem-se: somente o que há dentro de vocês será lançado para fora

”.Em um mundo acossado por injustiças, vale a pena pensar no modo como respondemos às diversas situações que nos confrontam diariamente.
Quando somos incompreendidos ou maltratados, como reagimos? Respondemos com palavras amáveis, paciência e bondade, ou somos inclinados a retaliar?Os próprios discípulos de Jesus foram testados diante do Mestre quanto a isso.
E dois deles não passaram no teste.Jesus estava a caminho de Jerusalém e tinha de passar por uma aldeia de samaritanos, porém, não quiseram recebê-lo. Isso era uma afronta sem tamanho. Como não receber o Filho de Deus, que só tinha feito o bem a todos?O que eles mereciam? Os discípulos Tiago e João achavam que eles deveriam ser severamente punidos, e disseram:

“Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?

”“Jesus, porém, voltando-se os repreendeu e disse:
Vós não sabeis de que espírito sois. Pois o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las.E seguiram para outra aldeia” (Lc 9.54-56).
Se Deus tivesse de atender a todo tipo de oração, algumas delas iradas e recheadas de clamor por “justiça” (que pode ser um mero desejo egoísta de ver o outro sucumbir numa “merecida” punição) como seria? E se Deus nos tratasse do mesmo jeito quando erramos?Para Jesus, o que valia não era o que os samaritanos mereciam, mas sim o que Ele era:Salvador, não destruidor.

Estava evidente que o caminho mais fácil nem sempre é o menos custoso. E Jesus ensina que não são as atitudes erradas das pessoas que devem determinar como devemos proceder, mas sim o que fomos chamados para ser e realizar.
Temos de nos manter fiéis ao que somos e, a partir disso, glorificar o nome do Senhor na terra com o que fazemos.
“Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mt 5.16).
Assim, que valores trazemos no coração? Em uma parábola, Jesus explicitou:

“O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração” (Lc 6.45).
Jesus também ensinou que “pelo fruto se conhece a árvore”, de modo que “não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons” (Mt 7.18).
A sabedoria popular expressa essa mesma verdade de outro modo:

“Ninguém pode dar o que não tem, nem mais do que tem”.
Tiago, irmão do Senhor, ensina que devemos ter cuidado com o que falamos, principalmente em momentos de indignação.
Se num momento “bendizemos ao Senhor e Pai” e noutro “amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus”, isso é uma total inconveniência, pois indicamos que “de uma só boca procede bênção e maldição”.
“Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso? Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos?Tampouco fonte de água salgada pode dar água doce. Quem entre vós é sábio e inteligente? Mostre em mansidão de sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras” (Tg 3.5-13).

Quem passou pela experiência do novo nascimento deve abandonar as práticas antigas, pois agora é uma nova criatura; foi criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade, para viver de modo digno de Deus, a fim de que o Senhor seja glorificado em todo o seu proceder. (Ef 4.22-24).

Quando vierem as provações, é possível deixar que o Espírito Santo controle a raiva e a frustração, e faça brotar de nós paciência e bondade. Como um copo cheio de água, aquilo que temos em nosso interior será colocado para fora.E então saberemos que vale o que tem dentro.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A Necessidade de se Guardar os Mandamentos.

Um homem bonachão se gabava a outros sobre a vida que levava, falando de seus casos amorosos, do dinheiro que havia ganhado por levar vantagem em tudo e sobre todos, afirmando que só cria na vida aqui e agora.

O negócio dele era ficar rico, não importasse o preço, e gozar dos prazeres “proibidos” o mais que pudesse. De repente parou, quando um colega seu passava, e mudou de assunto:

“Estão vendo aquele homem? Ele é sério, honrado, vive com a mulher, mas é pobre, e ainda diz que é cristão e obediente aos mandamentos de Deus. Ora essa, quando morrermos, todos nós iremos para o mesmo lugar. Ele vai me ver lá em cima, e eu vou morrer de rir dele, pois não viveu a vida. Qual é a vantagem de guardar os mandamentos de Deus?

”Essa mesma questão foi levantada por um homem de Deus chamado Asafe, embora com motivação totalmente diferente. Não obstante cresse firmemente na bondade de Deus para com os seus, Asafe confessa que chegou a ter tanta inveja dos soberbos, por causa da prosperidade dos ímpios, que quase se desviou dos caminhos de Deus.

“Quase se resvalaram os meus pés” — ele disse.Esses ímpios achavam que Deus não se importava, e diziam: “Como sabe Deus? Acaso, há conhecimento no Altíssimo?” (Leia o Salmo 73)Asafe ficou tão perturbado que chegou a pensar que de nada importava purificar o coração e lavar as mãos na inocência. Sua preocupação era legítima, mas mal focada. Tal como a das pessoas que vivem com seriedade diante de Deus, mas que, em razão de verem tanta coisa errada, acabam se desanimando pelo caminho.Então, atribulado, Asafe foi falar com Deus sobre o assunto.

Quando ele entrou “no santuário de Deus”, então atinou “com o fim deles”, e disse: “Tu certamente os pões em lugares escorregadios e os fazes cair na destruição”. Ele também entendeu que valia a pena guardar os mandamentos de Deus, e afirmou o seu destino:

“Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória”.De fato, o destino dos que se banqueteiam em iniquidade e desdenham dos mandamentos de Deus será a perdição eterna. Mas, para que o nosso coração não se desvaneça, Jesus deixou sete promessas que identificam as vantagens temporais e eternas de quem guarda os mandamentos de Deus:
JESUS SE MANIFESTARÁ A ELE.

“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele” (Jo 14.21).

SERÁ COMPARADO AO HOMEM PRUDENTE.
“Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha” (Mt 7.24-25).

SERÁ MORADA DE DEUS.
“Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” (Jo 14.23).

PERMANECERÁ NO AMOR DE CRISTO.
“Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço” (Jo 15.10).

SERÁ AMIGO DE JESUS.
“Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando” (Jo 15.14).

SERÁ CONSIDERADO GRANDE.
“Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus” (Mt 5.19).

ENTRARÁ NA VIDA ETERNA.
“Bom só existe um (que é Deus). Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos” (Mt 19.17).Desse modo, qual a vantagem dos ímpios? Nenhuma! Tudo o que construírem virará cinzas, inclusive eles.
A vantagem de guardar os mandamentos de Deus é dupla:

viveremos com a bênção de Deus e em paz com a nossa consciência aqui na Terra e estaremos com Ele em glória por toda a eternidade no Céu. Vale a pena guardar os mandamentos de Deus!

Qual a sua escolha?

domingo, 9 de agosto de 2009

Preferimos os Porcos.

Mateus 16.26.
Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?

Postado por Gutierres Siqueira

A Bíblia [1] nos conta a história de um jovem endemoninhado que vivia nas cavernas e cemitérios, vivendo com um animal feroz, onde nem mesmo as correntes podiam segurar. Esse jovem era o horror daquela pequena comunidade chamada Gadara.
Os gadarenos eram criadores de porcos, que recebiam a devida atenção daquelas pessoas. Certo dia Jesus chega naquele vilarejo, a após uma rápida e ríspida conversa com a “legião de demônios”, liberta aquele rapaz, que fica “assentado, vestido e em perfeito juízo”.
Os que os moradores daquela cidade fazem? Comemoram a libertação daquele jovem rapaz? De maneira nenhuma, expulsam Jesus por tirar os demônios do jovem e por mandar para os porcos!
Essa cidade nunca ficou incomodada em sua totalidade com um jovem que vivia como um animal, mas logo se mobilizaram na expulsão de Jesus por causa dos prejuízos com os porcos. Aquele jovem sem personalidade e amparo de sua sociedade, se refugia com um louco em cavernas e cemitérios.
Nesse ambiente os demônios a cada dia esmagam sua vida e suas esperanças.
Quando Jesus desce do barco, o primeiro ser que aparece para recepcionar é um endemoninhado em estado deplorável, que era habitação de demônios em convulsão com a chegada de Jesus.

Em nossa natureza pervertida temos uma tendência horrível:
Amamos as “coisas” e usamos as pessoas; valorizamos os bens e desprezamos o próximo; cheiramos um livro novo e passamos ao largo para não sentirmos o odor dos mendigos; não comemoramos a libertação do jovem gadareno, pois preferimos os nossos porcos.
Assim somos nós, os ditos seres humanos. Cabe uma pergunta: Onde está a nossa humanidade?
Vivemos em uma sociedade que prefere a eutanásia, sob a alegação de aliviar o sofrimento do doente, mas tudo isso é para não admitir a falta de paciência em cuidar “daquele peso”.
Terri Schiavo foi uma vítima da eutanásia promovida por seu marido, Michael Schiavo, que entrou até na justiça pela morte da esposa, mesmos os pais de Schiavo lutando pela guarda da filha.

Os “humanistas” na sua pseudo-piedade defendem que os embriões são vidas descartáveis, pois podem ser usadas em experimentos de células-tronco embrionárias. Nessa mesma linha de argumento, os “anti-vida” defendem a legalização do aborto, um eufemismo para “matança de crianças inocentes e indefesas em massa”.

O mais engraçado são os “cristãos” liberais, tão preocupados com as vítimas da fome e da guerra, mas muitos são defensores do aborto. Paradoxo extremo ou hipocrisia? Muitos defensores da “teologia da libertação” apoiaram “revoluções comunistas”, como em Cuba. O regime de Fidel matou quase 100 mil cubanos naquela pequena ilha, segundo a Anistia Internacional, que em sua maioria cometeram o grave crime de “discordar do regime”. Che Guevara montou um campo de concentração onde fuzilou 400 cubanos. Frei Betto tem um lindo testemunho no enfrentamento do terrível regime militar brasileiro, mas ele mesmo assinou a constituição cubana ao lado de Fidel.
Um “amor cristão” no mínimo seletivo! Existem acusações que na década 70, a organização ecumênica “Conselho Mundial de igrejas” (CMI) patrocinou guerrilhas nacionalistas no continente africano. Os “humanistas” andam valorizando os porcos!

Conclusão:
Ou amamos as coisas, ideologias, causas estúpidas e utópicas, ou amamos as pessoas, segundo no s descreve o Evangelho de Jesus Cristo. Não podemos perder a alma, enquanto ganhamos o mundo inteiro. Quem busca a matéria, “perde a alma, perde a calma e se perde eternamente” (Antônio Cirilo).

Nota:[1] Mc 5. 1-20