sábado, 18 de julho de 2009

O perigo da Negação.

2 Timóteo 2.11-13.

Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos;Se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará;Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo.
No início do Século XVII, alguns cristãos serviam fielmente ao Senhor numa ilha do Japão.
Um líder provincial, chamado de Shogun, decidiu que os cristãos eram uma ameaça para a cultura tradicional.

Então, ele elaborou uma armadilha perversa. Colocou uma figura de Jesus no chão em uma rua e ordenou que os cristãos da província pisassem em cima do quadro, como sinal de renúncia da fé cristã.
Quando terminou o teste, 26 crentes em Jesus tinham se recusado.
Estes foram crucificadas na praia, como exemplo, para que todos vissem.Aqueles que
“pisaram em Jesus” e negaram a fé escaparam da crucificação, mas tiveram de conviver com sua vergonhosa culpa.

Alguns, a exemplo de Judas Iscariotes, consumidos pelo remorso, deram cabo da própria vida. Outros, a exemplo de Pedro, se arrependeram e voltaram a seguir a Jesus.
Lembremos que Pedro, quando questionado sobre sua lealdade, negou que era discípulo de Jesus. Mas depois, profundamente arrependido, voltou-se para o Senhor e dedicou o resto de sua vida ao testemunho ousado de Cristo. (Mt 26.69-75).

As pessoas podem pensar que negar a Cristo é um ato direto, resultado de uma provocação expressa, como nos exemplos acima.
Reginald Heber, autor do conhecido hino “Santo, Santo, Santo”, expressou que podemos negar o nosso Salvador de maneiras mais sutis.Reginald escreveu:

“Negamos o nosso Senhor toda vez que, devido ao nosso amor por este mundo presente, abandonamos o dever que Cristo claramente nos deixou para fazermos.
Nós negamos o nosso Senhor toda vez que damos o nosso louvor, ou mesmo o nosso silêncio, diante de coisas que cremos ser pecado.

Negamos o nosso Senhor toda vez que abandonamos uma pessoa em aflição; ou quando nos recusamos a dar sustento, ânimo e apoio àqueles que, por amor a Deus e para fielmente darem conta de seu dever, são expostos a perseguições e calúnias”.
Quem é nova criatura em Cristo certamente procurará evitar qualquer negação aberta e deliberada do Senhor.

Mas as maneiras sutis de negação estarão sempre à espreita a nos desafiar.
Por exemplo, amar o mundo e deixar de fazer aquilo que Deus ordena; ou ser tolerante com o pecado que tenazmente está destruindo as famílias e a sociedade; ou ainda, se recusar a apoiar outros servos do Senhor que estão se esforçando para cumprir cabalmente a vontade de Deus.
Essas são maneiras sutis que, de fato, acabam se tornando uma negação Daquele que nos redimiu do pecado e da morte.Todos os dias enfrentamos situações ou temos de tomar decisões que podem nos tentar a trair o Senhor Jesus.

Se alguém escolher os valores do mundo – e não a obediência da Palavra de Deus – por fim negará a fé e cairá da graça.

O apóstolo João nos desafia:
“Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele (...) Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente” (1 Jo 2.15-17).

O apóstolo Paulo nos alerta:

“Se perseveramos, também com ele reinaremos; se o negamos, ele, por sua vez, nos negará; se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo” (2 Tm 2.12,13).
Oro para que a determinação do nosso coração seja de nunca trair o Senhor.
Antes, que possamos estar prontos e dispostos a sermos testemunhas fiéis em quaisquer circunstâncias.

Vivamos, pois, de tal maneira que ninguém possa nos acusar de “pisar em Jesus”.Lembre-se: “É muito fácil levar Jesus no peito. Difícil é ter peito para andar com Ele”.

sábado, 11 de julho de 2009

Cristãos em todo o tempo.

-ROGO-VOS, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados.

Em uma entrevista para ocupar um cargo em uma empresa, um jovem apresentou-se bem vestido e causou, de primeira, uma boa impressão ao diretor de recursos humanos.
Ele também apresentou um excelente currículo, onde listou como referência o pastor da igreja onde freqüentava, assim como o seu professor da Escola Dominical e um diácono.

O diretor, após analisar o currículo por alguns minutos, então falou:
“Aprecio as recomendações de seus amigos da igreja.
Mas eu gostaria realmente de saber a opinião de alguém que se relaciona com você durante a semana”.

É lamentável dizer, mas a posição tomada pelo diretor parece revelar que há um nítido contraste na forma como alguns cristãos agem na igreja e o seu comportamento no mundo.
Não pretendo ser juiz de ninguém.
Não são poucos os cristãos que, mesmo sendo assíduos na igreja, não podem ser tomados como modelo ideal de vida cristã, tanto na sua relação com Deus como em seu relacionamento com as pessoas.

Alguns cristãos vivem um padrão duplo, pois sua conduta diária teima em ser inconsistente com os valores espirituais; sua caminhada no mundo mostra-se francamente em desarmonia com sua suposta caminhada com Deus.

São cristãos de meio período,Um bom teste para sabermos se estamos sendo coerentes é nos perguntarmos:

Será que os nossos amigos da igreja se chocariam se observassem nossas ações e ouvissem o que falamos no trabalho ou em casa?

Há outras questões que não querem calar.
Na verdade, que exemplo é deixado para as pessoas com as quais convivemos e que rotineiramente nos observam?

Um bom cristão aos domingos não deveria também ser um bom cristão durante a semana?
Jesus nos ensinou que temos o dever de ser tanto “sal da terra” como “luz do mundo”.
E isso todo dia, não só aos domingos; e o dia todo, não só quando no templo. Isso quer dizer que o nosso testemunho deve ser efetivamente produtivo.

Mas Jesus também advertiu quanto ao perigo de o nosso testemunho vir a tornar-se improdutivo e incoerente, exemplificando com a possibilidade da perda do sabor do sal e de se esconder a luz. (Veja Mt 5.13-20).
Há, porém, duas coisas que devemos considerar sobre esses elementos.Primeiro, o sal só é útil para dar sabor se estiver em contato com a comida, misturado a ela.

Jesus nos chama para darmos “sabor” à sociedade em Seu nome, por meio do nosso envolvimento com as pessoas, obviamente com o nosso testemunho condizente com os valores espirituais que professamos.

Assim, temos de viver, “acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo” (Fp 1.27).
Segundo, a luz deve ser sempre visível, senão perde o seu papel e importância.
Cristãos que vivem como “agentes secretos” de Deus precisam sair do esconderijo e ser conhecidos como discípulos.

Em vez de “povo encolhido”, precisamos ser vistos como “povo escolhido” de Deus, cuja profissão de fé deve ser evidenciada por meio das boas obras, “as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.10).

O sal se imiscui na comida sem alarde e lhe dá sabor.
Quando ele não está lá, logo se nota.
Assim também a luz. Moody disse:

“Um farol não precisa fazer alarido para atrair a atenção dos navios. Ele apenas brilha”.Você é um cristão em tempo integral ou de meio período?

sábado, 4 de julho de 2009

O Lugar da Tradição.





2 Tess. 2.15.

Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa


"Tradição" Vem de uma palavra que significa "passar adiante".
Sempre que a Fé Cristã é passada de uma pessoa para outra,a tradição está em ação.
Uma mensagem na Igreja,um livro lido em casa,notas de Rodapé usadas como auxilio na leitura Bíblica,partilhar a Fé com um Amigo-tudo isso é tradição em ação.
a tradição também pode acontecer sem palavras.o estilo de vida do Cristão é um meio de transmitir a sua Fé.


A tradição e a Bíblia.

Bem no início da Igreja, antes que o novo testamento fosse compilado,a mensagem Cristã era transmitida apenas por tradição.
mas no devido tempo as escrituras Cristãs foram coligadas e chamadas de "novo testamento",o que suscitaria a questão:

como elas se relacionam com a tradição?

Nos primeiros séculos foi simplesmente aceito que o novo testamento e a tradição que veio dos apostolos estavam em perfeita concordância.de modo geral isso era verdade.
Contudo ,na idade Média,surgiu a prática de usar a tradição como meio de justificar as crenças que não se encontravam na Bíblia- a respeito da Virgem Maria,por exemplo.

Isso provocou uma forte reação dos Reformadores- na verdade um dos ensinamentos principais da Reforma era que toda tradição devia ser testada pela Bíblia.
Eles estavam longe de desprezar a tradição;pelo contrário,tinham grande consideração pelos pais da Igreja primitiva e pelos credos da Igreja.
mas todas essas autoridades,ainda que fossem respeitáveis,tinham de ser avaliadas pelo padrão da palavra de Deus contida na Bíblia.

A Igreja Católica Romana,por outro lado, continuou mantendo a autoridade das tradições que ela proclamava ter recebido dos apóstolos.mas a maioria dessas tradições supostamente apostólicas era manifestamente posterior na origem,e na prática as tradições somente eram aceitas se concordassem com as crenças Católicas Romanas.

Isso resultou na tendência,nos debates da reforma e depois, de pensar nas "tradições" como um grupo de crenças e práticas específicas além do que a Bíblia ensina.

Entretanto,nos anos recentes tem havido um retorno,tanto por parte dos protestantes como dos católicos romanos,ao conceito abrangente da tradição como Fé Cristã completa passada de uma geração para outra.

Conclusão.

É impossível para qualquer grupo,por mais informal que seja,existir por um periodo de tempo sem a tradição;tão pouco isso seria aconselhável.
O apóstolo Paulo instruiu Timóteo a ensinar e a transmitir a Fé Cristã que lhe foi entregue.

A Fé Cristã normalmente passa de pessoa para pessoa,sendo transmitida,em outras palavras pela tradição.
grande parte de nossa compreensão da fé chega até nós dessa maneira.

Como já disse muito acertadamente,a atitude Cristã para com a tradição é resumida no quinto mandamento:

honra teu pai e tua mãe.
a tradição é a fé passada a nós por nossos antepassados espirituais.eles merecem nosso respeito e honra.

desprezá-los e imaginar que podemos começar tudo de novo como se eles nunca tivessem existido é arrogância e tolice.

Mas honrar os pais nem sempre é obedecer-lhes.
ouvimos humilde e respeitosamente a voz da tradição,mas estejamos sujeitos apenas à palavra de Deus.
Há momentos que devemos dizer a tradição:

"devemos obedecer a Deus e não aos homens".


Fontes:
Bíblia Sagrada.
Fundamentos da Teologia Cristã/Organizado por Robin Keeley,editora Vida.